Conheça os Principais Tipos de Pragas

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Baratas

• Barata Americana (Periplaneta americana)


Também denominada de barata grande, barata voadora, barata-de-esgoto, é uma das espécies domésticas mais comuns no Brasil.

As baratas americanas podem viver em grandes grupos sobre paredes nuas, desde que não haja perigo ou distúrbios constantes, como predadores naturais ou outros riscos (limpeza etc.).

Normalmente, a barata americana deposita a ooteca em um lugar seguro (abrigo) próximo de uma fonte de alimento e numa inspeção, lugares como rodapés, rachaduras, cantos e frestas, ralos, caixas de gordura etc. devem ser inspecionados para avaliar o grau de infestação desta praga.

Os locais preferidos para os adultos se estabelecerem são os esgotos, as caneletas de cabos, as caixas de inspeção, as galerias de águas pluviais, as tubulações elétricas. Aparece também em áreas pouco frequentadas por pessoas como os arquivos e depósitos em geral, principalmente onde haja abundância de papelão corrugado, seu esconderijo preferido.

 

• Barata Germânica (Blatella germanica)


Denominada de barata pequena, barata alemãzinha, barata alemã, francesinha, paulistinha. Trata-se de baratas de pequeno tamanho, altamente prolíficas. Como ninfa chegam a medir um milímetro.

Os lugares preferidos para se abrigarem são acanhados e geralmente passam despercebidos aos nossos olhos, como por exemplo, azulejos quebrados, batentes de portas, armários e prateleiras de madeira, vãos e cavidades em geral (conduítes elétricos), motores de equipamentos de cozinha, atrás e debaixo de pias e balcões etc.

Diferentemente da B.americana, a B.germanica carrega a ooteca até que esteja madura, depositando-a em um lugar abrigado próximo de uma fonte de alimento.

Áreas onde ocorrem a manipulação e armazenagem de alimentos estão sujeitas a infestação pela B. germanica. Assim, embalagens de produtos são um eficiente mecanismo de dispersão da praga, uma vez que elas se alojam facilmente em pequenos espaços em caixas de papelão, sacos plásticos e outros materiais. É desta maneira que a barata alemã, assim como outras, pode se dispersar com facilidade para qualquer lugar do mundo, seja sua vizinhança, seja um outro país.

Ocorre a concentração de baratas alemãs na cozinha, sanitários e outras áreas onde haja alimento e umidade disponível.

Em nossas residências podemos facilmente criar “habitat” para as baratas, através do acúmulo de jornais e livros, acúmulo de lixo, furos e rachaduras em paredes, azulejos soltos, forros de gesso e madeira, vãos entre a instalação elétrica / hidráulica e as paredes, espaço entre o fundo de armários embutidos e gabinetes em relação a parede. Também em armários e ambientes fechados pouco ventilados, com acúmulo de materiais como em maleiros de guarda-roupas, cabine de quadros de energia e relógio de água, porões e sótãos.

 
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Cupins

Os xilófagos (xilo-madeira, fagos-alimento), conforme o nome diz são insetos que se alimentam de madeira e/ou material celulósico.

Pragas que podem causar doenças crônicas diretamente ou indiretamente em edificações. Há vários tipos de insetos xilófagos sendo de nosso interesse:
Coleópteros – brocas e carunchos
Isópteros – cupins vulgo aleluias, bicho de luz, cupins de concreto, etc.

Os cupins pertencem à ordem Isoptera, que contém cerca de 2800 espécies catalogadas no mundo, conhecidos como pragas de madeira e de outros materiais celulósicos. Estes provocam consideráveis danos econômicos. São insetos eusociais, podendo ter em suas colônias milhões de indivíduos.
Entre as várias espécies caracterizadas como pragas urbanas, temos os cupins subterrâneos e os cupins de madeira seca.

• Madeira Seca (Cryptotermes brevis)


Chamado popularmente de cupim de madeira seca, normalmente esta restrita à peça atacada, não tem capacidade de passar de uma madeira infestada para outra, somente quando há ponto de contato entre ambas as madeiras. O tamanho da colônia é proporcional ao tamanho da peça atacada, sendo assim normalmente, apresentam colônias pequenas, com cerca de 300 indivíduos a poucos milhares, compensado o pequeno tamanho da colônia e pelo grande número de colônias que podem ser encontradas em uma determinada estrutura.

São sensíveis à umidade e, portanto, à perda de água. Esta sensibilidade é tamanha que suas fezes são formadas por pelotas fecais secas, estas fezes ficam armazenadas em uma câmara no ninho e podem ser usadas para fechar canais para fins de defesa.

O ciclo de vida e formação de sua colônia e semelhante ao Cupim Subterrâneo (consulte Biologia/Cupim Subterrâneo).

Dicas de Prevenção

    • Vistorie periodicamente, rodapés, forros, armários, estantes, esquadrias e outras estruturas de madeira;
    • Deixa rastros grânulos amontoados, próximos à madeira infestada, o que torna fácil detectá-lo;
    • Se perceber que existem peças isoladas infestadas, jogue fora o móvel;
    • Em bibliotecas e arquivos, quando possível, prefira estantes metálicas;
      • Remoção de todo o entulho de madeira da área a ser construída, troncos, raízes de árvores, madeiramento de escora de cortes etc.
      • Remoção de todas as formas de madeira utilizadas na construção.
      • Tratamento preventivo de toda a madeira a ser introduzida e fixada na edificação.

• Subterrâneo


São denominados cupins subterrâneos por construírem seus ninhos no solo, sendo que estes podem construir seus ninhos em vão estruturais, como: caixões perdidos em edifícios, vãos entre lajes, paredes duplas, ou qualquer outro espaço confinado que exista em uma estrutura, seja ela uma residência, indústria ou comércio. Esta e uma característica que o diferencia dos cupins de madeira seca, cujos ninhos estão confinados à madeira infestada.

Nas espécies que constroem seus ninhos no solo ou nas edificações podemos destacar: Coptotermes havilandi, Nasutitermes spp., Heterotermes tenuis, Rhinotermes spp., Reticulitermes spp., entre outras.

O Coptotermes havilandi é a espécie invasora de estruturas de maior importância econômica no Brasil.
Entre os insetos xilófagos (xilo=madeiras, fagos=alimento), os cupins subterrâneos são uns dos mais agressivos, saindo do ninho em busca de alimentos, perfurando materiais como o concreto, podendo ultrapassar 500m, desta forma danificam estruturas de madeiras ou mobiliários, redes elétricas, telefonia e outros.

Sua colônia é formada por indivíduos que exercem funções especializadas. A especialização faz com que os indivíduos de uma colônia possuam diferentes formas (polimorfismo), devidamente adaptadas à função que irão desempenhar.

Existem basicamente três tipos de funções ou castas de indivíduos em uma colônia: Operários, Soldados e Reprodutores alados.

Casta dos operários

– Indivíduos responsáveis por todas as funções rotineiras da colônia, tais como, obtenção de alimento, alimentação de indivíduos de outras castas, inclusive o rei e a rainha, construção e conservação do ninho (reparação por danos e limpeza),cuidados com os ovos.

Casta dos soldados 

– Tem a função de guarda do ninho e proteção dos operários durante a busca de alimentos. Como estrutura de defesa, possui uma potente mandíbula que pode esmagar e cortar, cabeça dura e volumosa que pode obstruir passagens estreitas do ninho contra a penetração de inimigos naturais. É interessante mencionar que os formatos da cabeça e das mandíbulas podem ajudar na identificação da espécie infestante.

Casta dos reprodutores alados 

– Formada por indivíduos sexualmente definidos (machos e fêmeas) responsáveis pela reprodução, com o aparelho reprodutor desenvolvido. São os famosos siriris, siri-siris ou aleluias, que saem do ninho com o objetivo único de encontrar um local onde possam se reproduzir, formando outro ninho de cupins. Este fenômeno de dispersão é conhecido como revoada ou enxamagem e ocorre principalmente em épocas quentes e úmidas, normalmente no período da tarde, próximo ao anoitecer. Caso o casal não se encontre durante o vôo, a fêmea libera um feromônio sexual que irá atrair o macho, então eles partem para um local seguro onde ocorre o acasalamento e iniciam a nova colônia, a partir daí estes cupins são chamados de rei e rainha (casal real da colônia).

Podemos resumir em: ovos, formas jovens (ou ninfas) e adultos. A rainha coloca ovos que se transformam nas formas jovens. As formas jovens, por sua vez, podem se diferenciar em operários, soldados e reprodutores alados.

ALGUMAS MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS NO PERÍODO DE CONSTRUÇÃO:

Somado a estas medidas os Métodos Preventivos contra infestações de CUPINS SUBTERRÂNEOS são essenciais. O método a ser escolhido deve ser compatível com o tipo de edificação, ter eficiência comprovada, poder controlar a praga a qualquer tempo, ser seguro ao meio ambiente etc. Logo este devera ser feito por uma empresa especializada.

CURIOSIDADES
“Na natureza nada se desperdiça” O ninho de cupim subterrâneo Coptotermes havilandi é construído apenas com suas fezes e saliva, podendo chegar facilmente a 0,5 metros cúbicos de volume.

 
.Escorpiões


Atualmente são conhecidas cerca de 1.400 espécies de escorpiões distribuídas pelo mundo com exceção da Antártida.

Estes aracnídeos não são exclusivos das regiões de clima tropical e subtropical podendo ser encontrados nos Alpes suiços, planícies canadenses, floresta amazônica, Europa, Ásia, Oceania e demais regiões. No Brasil as espécies mais importantes em Saúde Pública pertencem ao gênero Tityus, destacando-se as espécies Tityus serrulatus (escorpião amarelo) e Tityus bahiensis (escorpião preto).

O homem é o grande responsável pela dispersão de muitas espécies destes aracnídeos através do transporte de cargas em caminhões e ferrovias, distribuindo-os em diversas regiões do território nacional.

Nas áreas urbanas podemos encontrar estes escorpiões em locais com infestação de baratas, em terrenos baldios, onde haja acúmulo de entulhos e materiais de construção em jardins sem a devida conservação.

Ocasionalmente encontramos escorpiões em residências que não apresentam estas condições, podendo a infestação ser oriunda de terrenos baldios e casas abandonadas na vizinhança.

Na verdade a presença destes aracnídeos se deve, muitas vezes, as condições favoráveis fornecida pelo próprio homem tendo como consequência a ocorrência de acidentes com crianças e adultos.
A picada do escorpião amarelo em crianças pode ocasionar um estado clínico grave levando até a morte, entretanto a picada do escorpião preto apesar de dolorosa dificilmente ocasiona a morte da vítima.

 
Formigas
 

• Argentina (Linepithema humile)


IDENTIFICAÇÃO: Esta espécie é monomórfica com operárias medindo aproximadamente 2,5mm de comprimento. Apresenta somente um nó na cintura e coloração marrom escura. Assemelha-se um pouco à formiga louca, porém não tem o primeiro segmento da antena tão longo, nem círculo de pêlos na abertura anal.

ASPECTOS BIOLÓGICOS: Esta espécie tem maior ocorrência nos Estados da região sul do Brasil. Nos países de clima temperado são muito comuns dentro das residências e hospitais. A colônia pode conter milhares de operárias e o ninho pode ocupar vários locais. Este tipo de ninho é denominado polidômico.

As colônias são poligínicas. Alimentam-se de vários tipos de alimentos dando preferência aos adocicados.

ONDE ENCONTRAR SEUS NINHOS: As colônias podem ser encontradas no solo, em floreiras ou dentro de residências, sob frestas de paredes. Preferem nidificar em ambientes úmidos, como sob pias e box de chuveiros.

• Cabeçuda (Pheidole spp)


IDENTIFICAÇÃO: As operárias da formiga cabeçuda possuem dois tamanhos: operárias maiores (soldados) e operárias menores. O tamanho varia de 1,5 a 3,5 mm e a coloração varia do marrom amarelado ao preto A cintura possui dois nós e as antenas têm 12 segmentos com os três últimos maiores que os anteriores.

ASPECTOS BIOLÓGICOS: O nome da formiga cabeçuda se refere ao tamanho desproporcional da cabeça dos soldados.

É uma espécie que apenas ocasionalmente invade as estruturas humanas. Quando o fazem permanecem em contato com paredes que levam à área externa, sob batentes de portas e guarnições de janelas. Alimentam-se de uma variedade de comidas e dão preferência a proteínas. Podem alimentar-se de substâncias açucaradas.

A espécie P. megacephala é exótica e quando ocorre o faz em aglomerados, isto é, o mesmo quarteirão ou bloco residencial pode estar infestado somente por esta espécie.

ONDE ENCONTRAR SEUS NINHOS: Os ninhos são geralmente encontrados nas áreas externas ou nas paredes em contato com o exterior. Ocasionalmente podem entrar dentro das edificações em busca de alimento.

• Cortadeira


Pertencem à classe insecta, ordem Hymenoptera Família Formicidae gêneros Acromyrmex spp. (Formiga Quenquém) e Atta spp. (Formiga Saúva);

ABRIGOS: – Gramados; – Canteiros; – Calçadas; – Praças; – Jardins;

ALIMENTAÇÃO: Escavando-se um formigueiro, encontra-se em suas câmaras subterrâneas uma massa esponjosa de cor branco-acinzentada, constituída pelo material vegetal que as formigas carregam para o interior de seus ninhos, cortado em minúsculos pedaços e por um fungo, que se desenvolve nutrido pelos vegetais picados.

Alguns estudos minuciosos sobre os fungos cultivados pelas formigas cortadeiras, especialmente as do gênero Acromyrmex, relatam que tal fungo necessita de substrato de origem vegetal para o seu desenvolvimento, sendo a celulose a principal fonte de carbono para o meio.

DOENÇAS TRANSMITIDAS E PATÓGENOS VEICULADOS: – Bactérias; – Vírus; – Infecções;

DICAS: Algumas providências podem ser tomadas para proteger as plantas do ataque de formigas cortadeiras, como por exemplo, o uso de um cone invertido, de qualquer material resistente (borracha, plástico ou lata) preso ao tronco da planta. Passa-se graxa na, parte interna do cone impedindo assim a subida das formigas no vegetal. A crença de passar cal no tronco das árvores para impedir a subida de formigas e outros insetos é infundada, além de deixar o ambiente visualmente poluído.

Deve-se ainda, realizar o plantio de plantas sabidamente não atraentes para as formigas cortadeiras, principalmente naquelas regiões onde estas espécies são muito abundantes. Uma pesquisa com o pessoal local é bastante proveitosa. A preocupação com a utilização de plantas adequadas à região também é importante.

• Acrobática (Crematogaster spp)


Normalmente são escuras, sendo que sua coloração varia conforme espécie, possui dois nós na cintura, variam de tamanho, mas as operárias de uma mesma espécie são monomórficas.

ASPECTOS BIOLÓGICOS

Possuem o hábito de elevarem o gáster, daí o nome acrobática, sua alimentação e variada, sua colônia são considerada médias tendo na maioria das vezes somente uma rainha.

ONDE ENCONTRAR SEUS NINHOS

Os ninhos são localizados na parte interna de portas, guarnições de janelas, batente e sob cascas de árvores e troncos caídos.

• Fantasma


Possui 1,3 – 1,5mm de comprimento. Um nó na cintura. As operárias são do mesmo tamanho. Possuem antenas com 12 segmentos. As pernas, cabeça e mesossoma são escuros e as pernas e gáster são amarelos.

ASPECTOS BIOLÓGICOS: É poligínica e reproduz-se basicamente por fragmentação, quando uma ou mais rainhas reprodutivas migram da colônia original juntamente com as crias e operárias para novos locais. As colônias são de tamanho médio a grande e podem estar subdivididas.

Gosta de alimentos adocicados quando encontradas dentro de residências. Quando encontradas fora de casa alimentam-se de insetos e da substância açucarada produzida por insetos sugadores.

ONDE ENCONTRAR SEUS NINHOS: São freqüentemente encontradas nas cozinhas e banheiros. Os armários com alimento são o primeiro lugar onde procurar esta espécie de formiga. Alimentos fechados podem conter as formigas.

A formiga fantasma necessita de muita umidade para sobreviver, assim são muito observadas sob ou sobre pias de cozinhas e banheiros, tanques de lavar roupa, etc. Vasos de flores podem abrigar ninhos da formiga fantasma, assim como debaixo de pedras, pilhas de objetos e em contato com o solo úmido. É muito comum nos hospitais brasileiros, podendo carregar vários tipos de bactérias.

• Fogo


IDENTIFICAÇÃO: São monomórficas, .possuem dois nós na cintura e um par de espinhos no mesossoma. As operárias medem 1,5mm de comprimento. As antenas possuem 11 segmentos sendo os três últimos maiores que os anteriores. A coloração varia do amarelo ao marrom dourado. Picam dolorosamente.

ASPECTOS BIOLÓGICOS: Esta espécie é muito encontrada em citrus (laranja, limão, etc), ou seja nos pomares e jardins. No entanto, em algumas regiões do Brasil podem ser encontradas dentro das edificações. As colônias são pequenas e na maioria das vezes poligínicas. As operárias andam vagarosamente. Esta espécie alimenta-se de substâncias adocicadas, alimentando-se ainda de substâncias oleosas e ricas em proteína. Quando roupas usadas são guardadas sem lavar as formigas podem ser atraídas pelo suor e furá-las.

Já foram relatados casos destas formigas sobre camas picando crianças e até mesmo adultos. A reprodução se faz principalmente por fragmentação.

ONDE ENCONTRAR SEUS NINHOS: Sob cascas de árvores, embaixo de pedras e entulhos. Quando ocorrem diretamente no solo podem ocupar vários locais pequenos formando fragmentos da colônia.• Faraó

IDENTIFICAÇÃO: As operárias variam de 1,5 a 2 mm de comprimento e são monomórficas. A cintura possui dois nós. A coloração varia do amarelo ao marrom claro. Possui dois nós na cintura. A antena possui 12 segmentos sendo os três últimos segmentos maiores que os anteriores.

ASPECTOS BIOLÓGICOS: Originária das regiões tropicais do continente africano. Foi introduzida acidentalmente nos outros países pelo comércio e atualmente encontra-se largamente disseminada. As colônias podem ser bastante grandes e com várias rainhas. Alimenta-se de substâncias adocicadas mas é atraída por alimentos gordurosos. Os insetos também fazem parte de sua dieta.

ONDE ENCONTRAR SEUS NINHOS: Pode ser encontrada tanto dentro quanto fora das construções. Não constroem ninhos com terra solta e habitam frestas de parede e calçadas, atrás de pias e tanques de lavar roupas, sob roda-pés e pisos.

Seus ninhos podem ser encontrados dentro de aparelhos eletrônicos. São muito comuns em hospitais, principalmente nos países de clima temperado. Podem carregar várias espécies de bactérias em seus corpos. Ninhos desta espécie já foram encontrados dentro de lençóis dobrados recém esterilizados. Os hospitais brasileiros apenas ocasionalmente apresentam esta espécie.

• Louca


IDENTIFICAÇÃO: Possui cerca de 3,5 mm de comprimento. As pernas são de tamanho desproporcional ao tamanho do corpo. As antenas possuem 12 segmentos e o primeiro segmento é duas vezes maior que a cabeça. Um círculo de pêlos em volta da abertura anal pode ser observado. A coloração varia de marrom escura a preta. São monomórficas.

ASPECTOS BIOLÓGICOS: O nome formiga louca se refere ao hábito de andar aparentemente sem senso de direção. É originária das regiões tropicais da África e foi acidentalmente introduzida em outros países pelo comércio. Sua biologia ainda não foi bem estudada apesar de sua importância. As colônias são poligínicas e podem ser subdivididas, mas conectadas umas as outras por trilhas de forragemento. A reprodução pode se dar por fragmentação ou vôo nupcial. Alimentam-se tanto de substâncias adocicadas quanto de insetos.

ONDE ENCONTRAR SEUS NINHOS: Pode ser encontrada tanto dentro quanto fora das construções.

Ocupa tanto os locais secos quanto os úmidos. As colônias são encontradas sob calçadas, dentro de caixas de registro de água localizadas no chão, em jardins e sob pedras. Qualquer fresta pode servir de abrigo para o ninho. Mesmo quando o ninho localiza-se fora de casa as formigas podem entrar por janelas, frestas e portas a procura de alimento.

• Lava Pé


IDENTIFICAÇÃO: São polimórficas, possuem dois nós na cintura e as operárias variam de 3mm a 7mm. As antenas possuem 10 segmentos sendo os dois últimos maiores que os anteriores. A coloração varia do marrom avermelhado ao preto. Picam dolorosamente.

ASPECTOS BIOLÓGICOS: Monogínica e reproduz-se basicamente por vôo nupcial. Gosta de todo tipo de alimento e prefere fazer seus ninhos em locais abertos e com muita incidência de sol.

ONDE ENCONTRAR SEUS NINHOS: São comumente encontradas em calçadas, gramados e canteiros.

Seu ninho consta de um murundu de terra solta que quando mexido observa-se um grande número de operárias e larvas.

 
Mosquitos
 

Os mosquitos e as moscas pertencem à ordem Díptera, na literatura existe controvérsia referente à quantidade de espécies descritas desta ordem, os números variam de milhares á milhões é considerada a quarta maior ordem de insetos. Estão divididas em 188 famílias e aproximadamente 10.000 gêneros, sendo que uma grande quantidade são conhecidos apenas por registros fósseis. O mais antigo destes data-se 225 milhões de anos atrás.

Possuem um par de asas distinguindo-se dos demais insetos alados daí o nome Diptera (di = duas, ptera = asas), o posterior transformou-se em estruturas de tamanho reduzido denominadas halteres ou balancins, que funcionam como órgãos de equilíbrio durante o vôo, apresentam metamorfose completa (ovo, larva, pupa e adulto).

Tanto os mosquitos e as moscas são de grande importância na saúde pública, pois podem transmitir várias doenças.

Alguns dípteros são importantes para o homem, tais como as espécies de Drosophila que são utilizadas como animais experimentais principalmente para estudos genéticos, entre outras que são utilizadas como agentes de controle biológico de plantas daninhas bem como de insetos pragas.

Moscas


Aproximadamente 150 mil espécies de moscas são conhecidas, que vivem em quase todos os ambientes do mundo.

São reconhecidas pela cabeça, visivelmente distinta e móvel, com dois grandes olhos facetados, isto é, como se fosse dividido em várias partes (facetas). Algumas possuem o aparelho bucal com capacidade para absorver líquidos enquanto que em outras o aparelho bucal é do tipo picador.. Algumas, alimentam-se de sangue moscas (hematófagas), exemplo: as mutucas, mosca-dos-estábulos e mosca-do-chifre. Outras moscas mesmo não sendo hematófagas, são importantes na sáude pública, exemplo a mosca doméstica e a mosca varejeira. São comuns em áreas rurais e urbanas, as moscas domésticas atuam como transportadores mecânicos de agentes patogênicos (vírus, protozoários, bactérias, rickétsias e ovos de helmintos), as varejeiras causam as míiases, também conhecidas por bicheiras ou berne.

No ambiente urbano algumas espécies adaptaram-se bem às condições criadas pelo homem, mantendo uma dependência chamada de sinantropia. Algumas espécies são altamente sinantrópicas, isto é, possuem grande adaptação ao ambiente urbanizado, enquanto outras são pouco sinantrópicas, ou seja, não apresentam tolerância ao processo de urbanização. Dentre as altamente sinantrópicas estão a mosca doméstica (Musca domestica), as moscas-dos-filtros (Telmatoscopus albipunctatus, Psychoda alternata, Psychoda cinerea, Psychoda satchelli), as mosquinhas (Drosophila spp.) e as moscas Chrysomya.

• Mosquitos


Conhecidos também como pernilongos, muriçocas, sovela, mosquito-prego podem ser transmissor de várias doenças, tais como: febre amarela, dengue, malária, alguns tipos de encefalite, filariose, e outras. São grandes causadores de incômodo, sendo que em determinadas épocas do ano aumenta-se ainda mais a presença destes insetos. Entre as espécies importantes estão as do gênero Anopheles e Aedes

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Pombos (Columba livia domestica)
 
Os pombos são aves comuns em quase todas as cidades brasileiras e em todos os meses do ano.
Suas fezes podem conter fungos e outros microorganismos causadores de doenças graves. Outros organismos tais como, piolhos ácaros e pulgas também podem afetar o ser humano caso esteja próximo as seus ninhos. Armazéns de alimentos humanos ou de animais também podem ser contaminados, especialmente silos que armazenam grãos e sementes.
Suas fezes também sujam e destroem o patrimônio, pois são ácidas e deterioram materiais. Seus ninhos entopem calhas e quando ocorrem próximo a aeroportos podem ocasionar acidentes à aviação.
Nenhum tipo de construção, seja de alvenaria ou madeira, está livre de atrair a atenção dos pombos.
0s pombos transmitem através da inalação, contato com seus excrementos (fezes) ou por intermédio dos seus hospedeiros (piolhos ou ácaros), as seguintes doenças: Histoplasmose, Candidiasis, Cryptococcosis, Encefalites de São Luiz, Toxoplasmose, Salmonelose, etc.
Nenhum tipo de construção, seja de alvenaria ou madeira, está livre de atrair a atenção dos pombos.
Por outro lado, a simbologia religiosa, de paz e de amor contida neste grupo de pássaros e que resulta em uma enorme simpatia da população por eles, dificulta a implantação de medidas de controle cultural, pois as pessoas não assumem os transtornos médico-sanitários relacionados a estas aves em grandes centros urbanos.
Pulgas
 

A falta de movimento na casa durante as férias ou durante o período em que um imóvel não é alugado é fator determinante na infestação de pulgas. Ao contrário do homem, cujo descendente nasce à semelhança de seus pais, estes insetos tem um ciclo de vida diferente.

As fêmeas adultas botam ovos (ovipositam), que se transformam em larvas quando encontram boas condições ambientais que, por sua vez, empupam para se transformarem em adultos. A ausência de movimento detona processos biológicos que levam as larvas a eclodirem dos ovos e os adultos a emergirem de suas pupas.

Os ovos e as pupas são “impermeáveis” à inseticidas, cuja ação se restringe às larvas e aos adultos da pulga. Assim, o controle desta praga deve ser feito tanto através de medidas preventivas quanto curativas.

O presente texto apresenta informações sobre biologia e comportamento das pulgas, as principais espécies que afetam o homem e os animais e quais os métodos preventivos e curativos (de controle) mais utilizados. Algumas curiosidades ilustram também o maravilhoso comportamento destes animais.

.Ratos
 

Os ratos são espécies que apresentam uma excepcional capacidade de adaptação, suportando as mais adversas condições de vida. Existem mais de 2.000 espécies de roedores na natureza, porém, apenas três apresentam relação com o homem. Os ratos são responsáveis por grandes perdas na produção de alimentos, desde a lavoura até a armazenagem, através da destruição direta dos mesmos ou pela contaminação por fezes e urina.

Podem ainda ser responsáveis por danificar máquinas, equipamentos, tubulações, fiações elétricas, etc., causando prejuízo e acidentes. Além do prejuízo econômico, os ratos são responsáveis, ainda, pela transmissão de várias doenças, como leptospirose, peste, tifo murino, salmoneloses, febre da mordedura, triquinelose, etc. Para um controle eficaz dos roedores é necessário identificar corretamente a espécie e conhecer suas características e hábitos.

Veja abaixo as principais espécies de ratos:

• Ratazana (Rattus norvegicus)

RatazanaTambém é conhecida como rato de esgoto, gabiru, entre outros. Possui o corpo robusto, orelhas relativamente pequenas, suas fezes são em forma de cápsulas com extremidade rombuda. Habita tocas e galerias no solo próxima de córregos, lixões, interior de edificações. É hábil nadador e  escavador. Seu raio de ação é de cerca de 50 metros em volta das tocas, onde deixam  trilhas  com manchas de gordura, fezes e pêlos. São onívoros mas preferem grãos, carnes e frutas. Apresentam desconfiança à mudança no ambiente, preferindo locais pouco movimentado.

• Camundongo (Mus musculos)

CamundongoConhecido como catita, rato de gaveta, rato pequeno, etc. De corpo pequeno e esguio, apresenta orelhas grandes e proeminentes em relação ao corpo. Habita o interior dos móveis, despensas e armários, é hábil escalador, podendo cavar tocas, seu raio de ação é em torno de 3 a 5 metros. É onívoro, preferindo grãos e sementes. Diferente das outras duas espécie, o camundongo é extremamente curioso, possuindo hábitos exploratórios.

• Rato do Telhado (Rattus rattus)

Rato de TelhadoÉ conhecido como rato preto, de paiol ou de navio. Apresenta corpo esguio e cauda longa, orelhas sem pêlo, grandes e proeminentes. Habita forros, sótãos, paióis, silos, podendo ainda viver em árvores. É comum no interior de domicílios. É hábil escalador e raramente escava tocas. Seu raio de ação é em torno de 60 metros. Por onde costuma passar, deixa manchas de gordura, pêlos e fezes. Prefere como alimentação legumes, frutas e grãos e, como a ratazana, apresenta grande desconfiança a mudanças no ambiente.